Rastejas para fora da tua
clausura, onde estes últimos anos te mantiveram como um animal enjaulado. Os teus
olhos vermelhos de raiva, mais parecem querer extinguir toda réstia de vida à
tua volta, ainda coberto com o teu próprio sangue caminhas na minha direção deixando
um rasto ensanguentado nas paredes e chão.
Alimentei o teu odio durante
estes anos todos, mas neste momento te liberto pois necessito de uma vez mais a
força que apenas tu me podes dar, necessito do teu rancor e desprezo pelo
exterior, da tua tenacidade perante a adversidade, a tua vontade de avançar em
frente sem olhar a meios ou receios, do teu gosto pela dor e escuridão que
encerro no coração.
Entrego-te o meu corpo e alma,
podes reivindicar uma vez mais o teu “playground” onde te divertias a dilacerar
a minha essência para depois a fazeres renascer das cinzas ainda mais forte.
Uma vez mais voltar a gritar em
plenos pulmões:
“A redenção através do sangue,
suor e lágrimas” … “Antes quebrar que dobrar”
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