....... ...... ...... ..... As Boas vindas a todos os bichos do P@nt@no ....... ...... ...... .....

24/06/2012

Until the last drop

Quer seja noite ou dia, ouço a tua voz dentro do meu crânio … as tuas palavras apesar de envoltas em algodão doce escondem o arame farpado que entra no meu ouvido e penetra bem fundo, no meu ser, dilacerando tudo à sua passagem. Nunca estou longe de ti e para onde eu caminhe tu segues-me na sombra, silenciosamente sempre á espera do momento oportuno para despedaçar a minha frágil realidade, as forças para te conter e combater já há muito abondaram o meu frágil e fustigado corpo, lentamente mas de uma forma determinada tomas conta do que resta, agora que os meus sonhos e a minha felicidade já não existem, por terem servido de alimento ao teu voraz apetite, desesperadamente tento te alimentar com o meu sangue, na esperança de ganhar algum tempo.
Os teus olhos negros como a lama vulcânica, atiram os meus para um ambiente negro e desprovido de luz ou vida, onde nada floresce ou dura mais do que um mero instante, apenas uma ténue e réstia recordação do que costumava ser, permanece e luta contra esse negro nevoeiro que se aproxima e me rodeia……. Envolto em dor, desespero e o borbulhar do meu próprio sangue, entrego os meus últimos momentos para uma eternidade na procura da redenção pela força da carne ferro e fogo.

1 comentário:

  1. Sem remédio

    Aqueles que me têm muito amor
    Não sabem o que sinto e o que sou...
    Não sabem que passou, um dia, a Dor
    À minha porta e, nesse dia, entrou.

    E é desde então que eu sinto este pavor,
    Este frio que anda em mim, e que gelou
    O que de bom me deu Nosso Senhor!
    Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!

    Sinto os passos de Dor, essa cadência
    Que é já tortura infinda, que é demência!
    Que é já vontade doida de gritar!

    E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
    A mesma angústia funda, sem remédio,
    Andando atrás de mim, sem me largar!

    ...you are not alone...

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